Dois fatores são os principais responsáveis por todo o mal que a humanidade vive atualmente: as limitações do sistema capitalista e o medo. Tendências políticas à parte, não critico o sistema ideológico atual a partir de crenças pessoais, mas sim levando em consideração fatos que evidentemente constituem as principais mazelas atuais. E, da mesma maneira, me refiro ao medo não no sentido de aflições e neuras individuais mas à impermeável camada de autoritarismo que acoberta nossas reais vontades, sucateadas bem no fundo de nossa alma moldada segundo as regras da verdadeira selva que é a nossa sociedade atual.
"Democracia", "liberde" e "direitos individuais"? Pavavras muito bonitas que servem como cortina de fumaça para o real cotidiano consumista, egoista e inconsequente a que somos vítimas. Desde cedo somos educados a não fazer e a não ser o que o capitalismo considera indigno de respeito. Deve-se ser competitivo, individual, ingressar numa boa faculdade, ser um profissional produtivo (isto é, gerador de muito lucro) e respeitar as leis pois só assim seremos bem sucedidos. O "certo" e o "errado" findam com nossas reais crenças e perspectivas, forçando-nos a abandoná-las num inconscinte tão profundo ocultado até de nós mesmos.
Daí nasce o medo. Medo de admitirmos que fraquejamos em alguns pontos. Medo de reconhecermos que apenas usamos calça jeans porque todos o fazem e não porque essa é uma real preferência indumentária. Medo de dizer que somos a favor de Hugo Chávez. Medo de percebermos que temos medo. Mesmo numa triste reflexão solitária em que, se tais pensamentos vêm à tona, os isolamos bem longe do alcance de nossos pensamentos como que se estivéssemos sendo vigiados. E o pior é que na verdade estamos, por toda uma sociedade. Se descobertos, não sobreviveremos na seleção natural do capitalismo, onde apenas os mais ricos, bonitos e prostrados sobrevivem...
E não apenas pessoas são vítimas. Pode-se afirmar que, direta ou indiretamente, o capitalismo é o maior causador de todos os problemas ambientais, focos de endemias e epidemias, segregacionismo social e até dos atuais problemas econômicos. É evidente que se continuar sob a égide desse sistema a humanidade estará fadada à destruição.
No entanto, mais que uma crise de saúde, econômica e ambiental vivenciamos uma crise moral. Precisamos urgentemente resgatar antigos valores humanos e rever conceitos. é necessário tomar como exemplo movimentos revolucionários (como os de 1968!) e resgatar o espírito e a criatividade revolucionária. Só assim ainda haverá espectativas de continuidade da vida humana. Se é que ela ainda vale a pena.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Segurança Pública
A consolidação do Estado de direito no Brasil ainda possui lacunas principalmente no que se refere à questão de segurança pública, tendo em vista que não só permanece fincada em condutas e instituições que ainda remontam ao regime militar como também enfrenta graves lacunas de investimento, as quais setorizam toda a ação no limbo da polícia, executada com ferramentas repressoras.
A Constituição brasileira de 1988 prega que é direito de todo o cidadão ter garantida a sua integridade física e individual. No entanto, esta não especifica as margens de verbas que o governo federal deve destinar à segurança pública nem tampouco deixa claro quais são suas reais funções nesse setor. E, do mesmo modo, sabe-se com propriedade que o exército brasileiro, como herança dos anos de chumbo, possui total direito de intervenção em casos que, sob o prisma dessa organização, o bem estar público se encontre ameaçado.
É interessante observar como tais fatos convergem com a situação atual.O país ainda não conseguiu elaborar uma política que conscilie com eficiência ações preventivas, capacitação de profissionais e métodos repressores. Como consequência, observa-se um desfile de conflitos entre policiais e traficantes que muitas vezes resultam na morte de inocentes e disseminam o caos entre os habitantes das favelas. Os direitos fundamentais previstos em Constituição não estão sendo cumpridos.
É preciso haver toda uma mudança de perspectivas étnicas, institucionais, financeiras, e, principalmente, na contenção de diferenças de abordagem entre civis. Isso significa congregar esforços na mudança de uma segurança pública calcada meramente na esfera policial para um novo modelo baseado na participação cidadã(a segurança individual é privilégio de todos e não apenas de grupos sociais privilegiados), no investimento massivo exclusivo do setor federal (evitar esquemas de corrupção), no respeito aos direitos humanos e a valorização da cultura da paz.
Para isso, é preciso incutir na população um espírito de discussão e reinvidicação de seus direitos. Em geral, o assunto da segurança pública só gera alarde quando vem a tona alguma tragédia, com frequencia abordada de maneira sensacionalista e maniqueísta. De uma maneira ampla, a população não está acostumada a lidar com o assunto e é alienada quando aos espectros que permeiam. O sistema de ouvidoria das delegacias federais implementado há pouco tempo, por exemplo, pouco surtiu resultado, e as pessoas nada fizeram para reverter essa conjuntura.
A sociedade urge por um ambiente de discussão democrática que abranja todas as esferas sociais e tenha grande poder de influência nos órgãos federais. Felizmente, uma iniciativa desse tipo se concretizou nos dias 27 e 30 de agosto em Brasília, no que se denominou Primeira Conferência Nacional de Segurança Públic(Conseg). Organizada pelo Ministério da Justiça, a conferência teve como proposta elucubrar uma nova política nacional de segurança pública nos níveis municipal, estadual e nacional, com a participação, a nível de igualdade, de gestores, trabalhadores da área e sociedade civil, cujas opiniões muito provavelmente nunca seriam ouvidas não fosse a conferência.
A resolução para a problemática da segurança pública aponta para rumos positivos. Contudo, é preciso focar energias para garantir a continuidade de projetos, a eficiência do Estado e a disseminação da consciência cidadã na população.
A Constituição brasileira de 1988 prega que é direito de todo o cidadão ter garantida a sua integridade física e individual. No entanto, esta não especifica as margens de verbas que o governo federal deve destinar à segurança pública nem tampouco deixa claro quais são suas reais funções nesse setor. E, do mesmo modo, sabe-se com propriedade que o exército brasileiro, como herança dos anos de chumbo, possui total direito de intervenção em casos que, sob o prisma dessa organização, o bem estar público se encontre ameaçado.
É interessante observar como tais fatos convergem com a situação atual.O país ainda não conseguiu elaborar uma política que conscilie com eficiência ações preventivas, capacitação de profissionais e métodos repressores. Como consequência, observa-se um desfile de conflitos entre policiais e traficantes que muitas vezes resultam na morte de inocentes e disseminam o caos entre os habitantes das favelas. Os direitos fundamentais previstos em Constituição não estão sendo cumpridos.
É preciso haver toda uma mudança de perspectivas étnicas, institucionais, financeiras, e, principalmente, na contenção de diferenças de abordagem entre civis. Isso significa congregar esforços na mudança de uma segurança pública calcada meramente na esfera policial para um novo modelo baseado na participação cidadã(a segurança individual é privilégio de todos e não apenas de grupos sociais privilegiados), no investimento massivo exclusivo do setor federal (evitar esquemas de corrupção), no respeito aos direitos humanos e a valorização da cultura da paz.
Para isso, é preciso incutir na população um espírito de discussão e reinvidicação de seus direitos. Em geral, o assunto da segurança pública só gera alarde quando vem a tona alguma tragédia, com frequencia abordada de maneira sensacionalista e maniqueísta. De uma maneira ampla, a população não está acostumada a lidar com o assunto e é alienada quando aos espectros que permeiam. O sistema de ouvidoria das delegacias federais implementado há pouco tempo, por exemplo, pouco surtiu resultado, e as pessoas nada fizeram para reverter essa conjuntura.
A sociedade urge por um ambiente de discussão democrática que abranja todas as esferas sociais e tenha grande poder de influência nos órgãos federais. Felizmente, uma iniciativa desse tipo se concretizou nos dias 27 e 30 de agosto em Brasília, no que se denominou Primeira Conferência Nacional de Segurança Públic(Conseg). Organizada pelo Ministério da Justiça, a conferência teve como proposta elucubrar uma nova política nacional de segurança pública nos níveis municipal, estadual e nacional, com a participação, a nível de igualdade, de gestores, trabalhadores da área e sociedade civil, cujas opiniões muito provavelmente nunca seriam ouvidas não fosse a conferência.
A resolução para a problemática da segurança pública aponta para rumos positivos. Contudo, é preciso focar energias para garantir a continuidade de projetos, a eficiência do Estado e a disseminação da consciência cidadã na população.
domingo, 25 de outubro de 2009
viva la insercion tecnolojica
Bom, para os que me conhecem, hão de saber que hoje é um dia histórico. Oficializado 25/10/09 como o dia da minha reconscialiação com o mundo cibernético. Só orientações de praxe:
- esse blog focará um posicionamento crítico a respeito de situações do cotidiano e notícias da atualidade;
- esse é um veículo responsavel, que visa a consolidação de um jornalismo sério, fugindo aos sensacionalismos, maquineímos e análises simplistas muito presentes na mídia atual;
- também haverá espaço para textos de cunho literário e filosófico;
- aceito críticas, sugestões, e, principalmente, elogios;
- o e-mail para contato é ribka@terra.com.br
- textos serão postados em média duas vezes por semana;
- esse blog focará um posicionamento crítico a respeito de situações do cotidiano e notícias da atualidade;
- esse é um veículo responsavel, que visa a consolidação de um jornalismo sério, fugindo aos sensacionalismos, maquineímos e análises simplistas muito presentes na mídia atual;
- também haverá espaço para textos de cunho literário e filosófico;
- aceito críticas, sugestões, e, principalmente, elogios;
- o e-mail para contato é ribka@terra.com.br
- textos serão postados em média duas vezes por semana;
Assinar:
Postagens (Atom)